25 de novembro de 2012

Freud Explica: A Interpretação dos Filmes


Freud não escreveu apenas A Interpretação dos Sonhos, recentemente foi lançado A Interpretação dos Filmes, segue aqui uma canja bem humorada de sua obra, que consiste em uma análise quase psiquiátrica de alguns filmes e seus personagens.

Começo com um filme inovador: Inception. Que conta com DiCaprio no papel principal. Quando atuou em Titanic ele não morreu! Apenas afundou nas águas gélidas do Atlântico norte e acordou na praia da primeira cena de A Origem. Antes de tudo isso ele esteve na Praia, aquela secreta, um paraíso na Terra, ao naufragar descobriu o caminho para A Praia e por lá teve todo o tipo de alucinações dos tipos que se vê na Ilha do Medo. Com todas essas experiências ele se tornou especialista em sonho lúcido, mostrando toda sua destreza no filme A Origem (Inception). Trata-se de um filme dentro de outro filme.

Próximo a esta ilha estava Tom Hanks. A ideia de prisão e solidão pela qual ele é remetido, foi plantada pelo próprio DiCaprio em Prenda-me se for Capaz. Desde então ele se vê preso. Primeiro foi Náufrago em uma ilha deserta. Para amenizar sua solidão, DiCaprio implantou a ideia de que ele estaria preso, mas não sozinho, daí surgiu O Terminal. Em busca de sua liberdade Tom Hanks teve que atuar em O Resgate do Soldado Hanks, no qual ele tenta resgatar a si mesmo das garras do ladrão de sonhos Leonardo DiCaprio. Não deu muito certo e o pobre coitado veio a óbito (linguajar policial próprio).

Outro caso sério do cinema é Johnny Depp. Alguns não sabem de sua loucura crônica exprimida já nos tempos de Edward. Desde muito cedo ele perdeu sua memória, esquecendo-se completamente de seu passado. Recentemente ele obteve uma resposta sobre sua identidade interpretando a ele mesmo no longa Alice no País das Maravilhas. Alice o ajudou a recuperar a memória quando ela própria tinha flashes de seu passado no País das Maravilhas até então esquecidos. Em O Turista ele mostrou uma de suas mil faces, habilidade aprendida enquanto buscava seu verdadeiro eu.

Gostaria de aproveitar o ensejo para apresentar meu novo assistente, como sabem, Jung e eu não nos damos há algum tempo, portanto contratei Quentin Tarantino como meu novo discípulo. Todo seu aprendizado é demonstrado em seus filmes. Especialmente a violência humana incompreendida por quem a pratica, mas estudada por nós. Em Pulp Fiction ele explora a banalização da violência. Nossa sociedade vive a violência como se estivesse jogando video game. Suas brilhantes definições psicológicas dos personagens e suas características mentais perversas e orgulhosas, são a mais brilhante exemplificação da psicanálise moderna. Em Bastardos Inglórios ele descreve a verdadeira morte do ego de Hitler, que foi fuzilado por sua mente insana a se ver no topo do mundo. Em Um Drinque no Inferno ele mostra como os prazeres carnais destroem nosso senso da realidade. Em Cães de Aluguel ele aborda a falta de linearidade dos projetos humanos e dos projéteis em farrapos da vida humana. Que busca sempre mais e possui cada vez menos.

Enfim, para encerrar um trecho de uma canção de Herbert Vianna:

“A vida não é um filme, você não entendeu, além do Corvo ninguém foi a seu quarto quando escureceu.”

Para os mais novos deve-se trocar O Corvo por Freddy Krueger, para os cinéfilos considerem uma visita do Coringa e para os mais novos ainda deve-se considerar uma visita da Fada do Dente.

Que o cinema esteja com vocês!

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